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domingo, 29 de agosto de 2010

Cientistas identificam 8 sintomas para prever risco de câncer

Segundo a publicação, sintomas ajudariam a prever a presença de um tumor de forma certeira


LONDRES - Cientistas britânicos identificaram oito dos sintomas mais comumente relacionados com o câncer, como presença de sangue na urina e anemia, segundo publica nesta sexta-feira, 27, a revista "British Journal of General Practice".
Segundo a publicação, em certos grupos de idade estes sintomas ajudariam a prever a presença de um tumor de forma tão certeira que, se não houver outra explicação mais plausível, o paciente deveria ser avaliado por um especialista.
Sangue no reto, nódulos nas mamas, tosse acompanhada de sangue, dificuldade ao engolir, sangramento vaginal depois da menopausa e resultados anômalos nas revisões de próstata completam a lista de sintomas a serem levados em conta.
Os pesquisadores buscavam sintomas que fossem indicativos de ter um câncer em pelo menos um em cada 20 casos.
Embora a presença de sintomas ainda represente uma possibilidade muito reduzida de ter um tumor, qualquer deles é motivo suficiente para que o paciente seja avaliado por um especialista e submetido a mais testes para que seja diagnosticado o mais rápido possível.
Para elaborar esta lista os cientistas cruzaram os resultados de 25 estudos anteriores que lhes permitiram concluir que no caso das pessoas menores de 55 anos só dois destes sintomas - resultados anômalos nas revisões de próstata e nódulos no peito - indicavam um risco de 5% de ter câncer.
Depois dos 55, embora apenas no caso dos homens, a dificuldade para tragar seria significativa de um câncer de esôfago, enquanto a presença de sangue na urina se transforma em um sintoma de especial preocupação entre homens e mulheres a partir dos 60 anos.
Mark Shapley, especialista que liderou a pesquisa, recomenda "mais investigação para desenvolver um tipo de programas de informática que alertem os médicos de família que eles têm que enviar o paciente para um especialista quando estes sintomas surgem em certos grupos de risco".
Um porta-voz da "Cancer Research UK", a organização que se encarrega das pesquisas sobre câncer no Reino Unido, advertiu que estes sintomas não são os únicos que indicariam um possível câncer.
"Os sintomas que aqui se destacam já eram considerados sinais potenciais de um tumor, mas existem pelo menos 200 tipos de câncer diferentes, por isso que a sintomatologia é muito ampla", explicou.
O porta-voz aconselhou procurar um especialista "perante qualquer mudança no corpo fora do comum e persistente", já que o tratamento do câncer tem maior probabilidade de sucesso quanto mais cedo for diagnosticado.

Fonte: Estadão.com.br

Há Algo Que Você Sabe Mas Não Sabe Que Sabe: Mude o foco

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sábado, 28 de agosto de 2010

CIGARRO AINDA É PRIMEIRA CAUSA DE MORTE EVITÁVEL NO PLANETA


Cerca de 17,5% da população brasileira com mais de 15 anos é fumante; Dia Nacional de Combate ao Fumo, que será comemorado no domingo, serve como alerta

O cigarro já perdeu o status de glamour e poder que exalava, há algumas décadas, mas segue como um problema real para a saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo ainda ocupa o topo da lista de causas de mortes evitáveis no planeta. Neste domingo, dia 29 de agosto, quando é comemorado mais um Dia Nacional de Combate ao Fumo, a data serve de alerta para uma situação ainda bastante preocupante no País.
A OMS estima que um terço da população mundial adulta seja fumante, o que significa cerca de 1,2 bilhão de pessoas. As mortes devido ao uso de tabaco correspondem a 4,9 milhões ao ano, ou seja, 10 mil mortes ao dia.
Professora de Enfermagem em Saúde Pública do Complexo Educacional FMU, Valéria Leonello relata que pesquisas recentes indicam que o percentual de fumantes vem caindo no Brasil. No entanto, a situação não deixou de ser alarmante. “Embora alguns países tenham um índice maior de tabagismo quando comparados ao Brasil, termos cerca de 15% da população brasileira usuária de produtos derivados do tabaco é, no mínimo, preocupante”, afirma.
Segundo a professora do curso de Enfermagem da FMU e mestre em Saúde Pública, um estudo do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que 17,5% da população brasileira com mais de 15 anos usa produtos derivados do cigarro. “Isso representa um contingente de 25 milhões de pessoas”, frisa.
Para Valéria, a Lei Antifumo do Estado de São Paulo, em vigor há um ano, já apresenta resultados positivos. Ela comenta que foi constatada uma redução de até 73,5% nos níveis de monóxido de carbono em bares, restaurantes e casas noturnas, de acordo com um estudo do Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas em cerca de 700 estabelecimentos.
“Os freqüentadores e funcionários desses estabelecimentos foram alguns dos grandes beneficiados pela lei. Os estudos estão começando a ser desenvolvidos, afinal, temos só um ano de aplicação da lei, mas vários meios de comunicação vêm fazendo enquetes com a população, que já considera a lei um suporte ou apoio para quem deixou ou quer deixar o hábito de fumar”, avalia a professora da FMU.
Aproveitando o Dia Nacional de Combate ao Fumo, Valéria aponta que deixar o vício do cigarro é uma decisão que, na maior parte dos casos, deve ser acompanhada com a procura por ajuda profissional e apoio de pessoas próximas. “Parar de fumar sem ajuda pode até ser possível, mas com ajuda e apoio é bem mais efetivo. Em geral, as pessoas que fumam têm muita dificuldade em deixar o vício”, diz.
Segundo a professora, apenas a informação não muda o comportamento das pessoas. “A decisão de parar de fumar tem que vir associada a uma série de outros elementos, como apoio psicossocial, acompanhamento médico, trabalhos grupais, etc. Esses recursos somados à informação fortalecem a capacidade do indivíduo em mudar esse hábito”, finaliza.

Fonte: SNIFBrasil

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Academia Brasileira de Rinologia lança campanha para estimular respiração saudável

Nesta sexta-feira, 30, a Academia Brasileira de Rinologia lança uma campanha para estimular a respiração saudável. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70% da população respira de forma errada, prejudicando os pulmões e órgãos adjacentes.
A segunda edição da campanha "Respire pelo Nariz e Viva Melhor" pretende alertar e orientar a população sobre as vantagens de respirar pelo nariz e dos perigos que a falta desse hábito pode causar à saúde.
A ação quer esclarecer as principais dúvidas sobre os cuidados com a respiração nasal, além de dar dicas de prevenção à gripe, diferenças entre resfriados, rinites e sinusites; ronco e apneia do sono; obesidade e respiração; alterações do olfato e doenças que causam a obstrução nasal.
Por isso, conhecer melhor doenças como a asma, entender as causas e fazer uso de medicamentos controlados, que evitem crises, ajudam muito a diminuir a incidência do problema no inverno.
A queda da temperatura e os dias mais secos contribuem para o aumento das crises de asma, por exemplo, principalmente entre as crianças. Porém, outro agravante para a incidência da doença nesta época do ano é o descaso em relação à prevenção, que exige um conhecimento das causas por parte dos pacientes e a continuidade do tratamento durante o ano todo.
Por se tratar de uma enfermidade de tratamento fácil, na maioria das vezes, as preocupações do asmático com sua saúde só ganham importância quando a falta de ar já está instalada. Especialistas reforçam que a crise é apenas o auge do problema, a ponta do iceberg. O paciente tem a doença 100% do tempo, o que torna o tratamento continuado de extrema importância para o controle e uma melhor qualidade de vida do indivíduo.
O pneumologista pediátrico Bernardo Kiertsman, professor adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, explica que as doenças respiratórias são frequentes durante todo o ano, mas mais incidentes no outono e inverno. "Nesta época, é comum usarmos roupas mais pesadas e que, na maioria das vezes, estão guardadas há muito tempo.
O acúmulo de pessoas em ambientes fechados e mal ventilados se torna mais frequente e contribui para que os asmáticos fiquem mais suscetíveis às crises", destaca o médico, reforçando que o controle ambiental adequado, principalmente dentro de casa, é uma das melhores formas de prevenção.
O ar frio, irritante para a mucosa respiratória e possível causador do fechamento dos brônquios, associado ao maior tempo dentro de ambientes fechados por causa do frio, a presença de poeira, ácaros e outras substâncias alergênicas, e a maior ocorrência de resfriados e gripes acabam formando um cenário ideal para a piora dos sintomas e a ocorrência das crises de asma. A chegada das frentes frias, comum nesta época, também propicia o acúmulo de poluentes sobre as cidades e costuma prejudicar ainda mais os pacientes.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), atualmente há 18 milhões de asmáticos no Brasil, ou seja, 10% da população brasileira. O Datasus/Ministério da Saúde de 2009 indica que a doença teve um índice de mortalidade de 3.111 casos e é a terceira causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - excluindo a gravidez -, sendo responsável por 275 mil internações por ano. Em 2009, os cofres públicos registraram gastos de R$ 87 milhões com a doença. O Brasil é o 8º país em incidência de casos de asma no mundo, segundo a revista Lancet (1998).


Tratamento e controle


O tratamento da asma tem três pilares: ação educativa do paciente e familiares para controle da doença, higiene do ambiente e tratamento farmacológico de manutenção e da crise. Entre os medicamentos mais indicados, estão os broncodilatadores de ação imediata. Recomendados para o tratamento da crise aguda, podem ser utilizados via inalatória sob a forma de spray ou nebulização. Em casos mais severos, é necessária a utilização de anti-inflamatórios por via oral ou endovenosa, por um curto período.
Há medidas domiciliares que podem auxiliar a pessoa que tem asma a evitar as crises ao longo do ano. "É possível ter uma boa resposta com procedimentos domésticos, como usar umidificadores de ar, fazer a manutenção correta do ar condicionado, limpar a casa com pano úmido, não levantar poeira com espanador ou vassoura, evitar odores fortes, animais de sangue quente, plantas e, principalmente, contato com fumaça de cigarro", recomenda Kiertsman.

Sobre a asma

A asma é uma doença inflamatória crônica, sem cura e caracterizada pelo estreitamento generalizado dos brônquios, cuja intensidade varia de pessoa para pessoa. Ela pode ser desencadeada por fatores alérgicos, irritantes, infecções por vírus e problemas emocionais, entre outros. É mais comum em crianças e adolescentes, mas também incide entre adultos.
A asma não tem cura. É uma doença que, se tratada de forma adequada, proporciona qualidade de vida ao seu portador. O indivíduo asmático é submetido a um tratamento contínuo para manter a doença sob controle. "A finalidade do tratamento preventivo é diminuir o número de crises, aumentar o espaço entre elas e que, caso ocorram, sejam facilmente reversíveis, sem a necessidade de procurar um pronto-atendimento. Esse controle deve ocorrer com o menor número de medicamentos e na menor dose", explica o especialista. E completa: "O desafio é conseguir que o asmático possa ter uma qualidade de vida normal ou muito próxima da normalidade".

Fonte: Estadão.com