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domingo, 22 de janeiro de 2012

Rápidos e eficientes

Cientistas criam programas de treino com poucos minutos de duração para prevenir a diabetes e reduzir o apetite descontrolado por chocolate

O médico Neils Vollaard examina um voluntário de sua pesquisa após ciclo de 20 segundos na bike.
Um minuto de exercício intenso por dia, três vezes por semana, seria suficiente para prevenir o aparecimento da diabetes tipo 2, associada ao sedentarismo e à obesidade? Dito assim, fica difícil resistir. Foi para facilitar a adesão dos indivíduos que não conseguem achar tempo para a atividade física que o pesquisador Neils Vollaard, da Universidade de Bath, na Inglaterra, uniu-se a cientistas de outras escolas para desenhar um programa singular e muito rápido de exercícios orientado para a prevenção da enfermidade.

No modelo, a indicação é pedalar com intensidade em três arrancadas de 20 segundos cada uma por dia. A prática deve ser repetida semanalmente, três vezes. “Isto é suficiente para reduzir os níveis de glicose no sangue e melhorar a função da insulina (hormônio que leva o açúcar para dentro das células), o que é importante para a prevenção da doença”, disse Vollaard à ISTOÉ. Na verdade, além do período de exercício intenso, cada sessão envolve alguns minutos de aquecimento e, ao final, movimentos de alongamento. Mas ainda assim o programa de Vollaard não toma mais de dez minutos por dia e, no total, 30 por semana.

Para chegar a essa conclusão, Vollaard submeteu 15 voluntários saudáveis a três sessões breves de exercícios por seis semanas. Na primeira fase, as arrancadas foram de dez segundos, subindo para 15 segundos na segunda e terceira semanas até chegar a 20 segundos nas três derradeiras. Em todas essas situações, o batimento cardíaco dos voluntários foi controlado para não superar 90% da frequência cardíaca máxima de cada um. “Um programa de exercícios com a inclusão de arrancadas breves e de ritmo intenso permite reduzir substancialmente o tempo e esforço necessários para alcançar benefícios de saúde”, disse Vollaard. “Mas isso é completamente novo e por enquanto só foi feito em laboratório.” O trabalho foi publicado na última edição da revista científica Journal of Applied Physiology.

Atualmente, a orientação repetida aos pacientes em risco de diabetes ou acometidos pela doença é reservar 150 minutos semanais para uma atividade física moderada, o que equivale a 30 minutos por dia, cinco vezes por semana. No entanto, um levantamento mencionado pelo pesquisador Vollaard indica que cerca de 66% do público-alvo não atinge essa recomendação. A justificativa mais frequente para a falha é a falta de tempo.

O endocrinologista Alfredo Halpern, de São Paulo, considera o novo modelo bastante interessante. “Mas sugiro que os pacientes façam uma avaliação coronariana antes de pedalar intensivamente. Se forem liberados pelo cardiologista, podem experimentar o método”, diz Halpern, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ele lembra que, para emagrecer, a carga de atividade deve ser maior. “É necessário pelo menos uma hora de atividade moderada, quatro vezes por semana.”

A explicação para os efeitos positivos do modelo estudado por Vollard é o maior gasto do glicogênio armazenado nos músculos durante os ciclos de arrancada. Glicogênio é um açúcar guardado no músculo, usado principalmente durante o exercício. Submetidas a um exercício rápido e intenso, as células musculares queimam seus estoques e precisam buscar mais açúcar do sangue para repor as reservas. Isso facilita também o trabalho da insulina, que é levar a glicose (a forma do açúcar no sangue) para dentro das células.

Pesquisadores da Universidade de Exeter descobriram mais uma aplicação surpreendentemente útil da atividade física rápida. O cientista inglês Adrian Taylor constatou que caminhadas de 15 minutos são eficientes para reduzir pela metade a quantidade de chocolate consumida por trabalhadores, mesmo em condições estressantes. O estudo avaliou 78 comedores regulares de chocolate. “A ação positiva da caminhada é reduzir manifestações do estresse, entre elas a tendência de comer doces e comidas altamente calóricas”, disse Taylor à ISTOÉ. Outros estudos recentes mostram também que a caminhada leve pode ter efeitos cumulativos, aumentando a proteção do organismo contra infecções respiratórias.





Fonte: Istoé.com

domingo, 8 de janeiro de 2012

Com equipe remodelada, Altolim/Assis/AMEA de ciclismo participa da XII Copa América



A temporada do ciclismo nacional em 2012 começará no dia 8 de janeiro, com a disputa da XII Copa América de Ciclismo/Desafio Internacional de Ciclismo. A tradicional disputa reunirá as principais equipes e atletas do país, no masculino e feminino, em um circuito montado no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, com largada e chegada no Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (Monumento aos Pracinhas), Avenida Infante Dom Henrique, 75, Bairro Glória – Parque do Flamengo, ao lado do M.A.M (Museu de Arte Moderna), ao lado de equipes do exterior convidadas. A grande novidade é o retorno ao calendário da União Ciclística Internacional (UCI), no ranking do Tour América. A disputa será mostrada ao vivo pela Rede Globo, dentro do Esporte Espetacular.

Para atender às novas exigências da UCI, a Copa América teve, primeiro, de mudar de lugar. Como as regras pedem um circuito de 10 km, a prova deixou Interlagos e será realizada no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Trata-se de um percurso praticamente plano e rápido, com alguns dos trechos que foram usados nos Jogos Pan-Americanos de 2007. Com isso, as equipes poderão dar assistência aos seus atletas, no esquema de caravana, como acontece nas grandes provas. Serão 11 voltas no masculino, totalizando 110 km de corrida, enquanto no feminino serão cinco voltas, 50 km.

Além de Assis mais vinte e quatro equipes concorrerão na prova do masculino da XII Copa América de Ciclismo. A composição foi feita da seguinte forma: as 15 melhores da Copa da República, realizada em 18 de dezembro, em Brasília, (DF) e as cinco estrangeiras convidadas pela organização. Cada equipe poderá ter no mínimo cinco e no máximo oito competidores. No feminino, por sua vez, com disputa individual, participarão as 15 melhores do evento do Distrito Federal e convidadas.

A premiação total da Copa América de Ciclismo na elite masculino/sub 23 é de R$ 14.400 – sendo para 1º a 20º lugares, iniciando com R$ 4.000,00 e finalizando com R$ 200,00.



A equipe Altolim/Assis/AMEA que terminou 2011 em 8º lugar no Ranking Nacional, participa na elite masculino/sub – 23 com 8 atletas: Christian, Vagner, Danilo, Franklin, Marcelo, Jocemildo, Willian e Bruno.



O atleta Alan Valêncio Maniezzo que defendeu as cores da cidade por 7 anos, deixa Assis, para juntar-se a outro ex-atleta, Eriberto Rodrigues, na equipe Padaria Real de Sorocaba/SP.



Para o técnico e ciclista João Fernando de Maio (Altolim/Assis/AMEA), 2012 será de surpresas. “Estamos reformulando nossa equipe. Com a saída de Alan Maniezzo e outros ciclistas estamos contando com o alto rendimento dos mais jovens que estão no auge de suas carreiras. Vamos trabalhar e focar nos treinamentos. O que espero é que eles façam uma boa prova e estejam em evidência chegando entre os 10 primeiros”, diz o técnico.



"Estamos trabalhando para esse retorno faz tempo. Com as novas exigências, pudemos nos adaptar melhor e realizar um evento forte, tanto no masculino como no feminino. Além disso, demos uma força ainda maior para a Copa da República, que fecha o calendário, que passou a ser seletiva do evento UCI", explica Thadeus Kassabian, diretor de operações da Yescom Entretenimentos.

Ao longo de seus 11 anos de história, a Copa América tem colaborado com o desenvolvimento do ciclismo brasileiro. Referência no ciclismo das Américas, a prova, criada pela Yescom em 2001, teve e tem papel importante no desenvolvimento do ciclismo nacional nos últimos anos. Afinal, o evento revolucionou a modalidade, obtendo maior visibilidade para o esporte, em televisão aberta, e abrindo caminho para as demais competições.



Fonte: http://www.midiasport.com.br