Com o terremoto – seguido de tsumani – ocorrido no nordeste do Japão, um assunto até então mantido em banho-maria veio à tona: os perigos das radiações ionizantes para os seres humanos, mesmo quando são usadas para fins pacíficos (produção de energia elétrica por usinas nucleares). Sendo assim, acompanhe esta postagem resumida sobre seus efeitos deletérios.
A radiação nuclear (ionizante) causa uma série de danos às pessoas, imediatos ou em longo prazo. Os principais são: queimaduras (de variadas extensões e profundidades), tumores malignos, envelhecimento precoce, esterilidade, imperfeições genéticas em futuras gerações e até mesmo a morte.
A radiação atua de forma diferente para cada tipo de célula. A Lei de Bergonie & Tribondeau resume bem isso: “A sensibilidade das células à radiação é diretamente proporcional à sua atividade reprodutora e inversamente proporcional ao seu grau de especialização”.
Ou seja, quanto menor sua capacidade de se multiplicar e mais especializada a célula (neurônios, por exemplo), menores os efeitos da radiação, ao passo que, quanto menos especializada (portanto, com maior atividade multiplicadora), maiores e mais precoces os danos.
Podemos dividir os efeitos da radiação em duas categorias:
1) Efeitos Somáticos (corpo): são provenientes de danos nas células corporais e se manifestam apenas na pessoa irradiada, não oferecendo riscos às gerações futuras.
Quando a exposição é aguda, ou seja, a dose total de radiação é recebida num curto intervalo de tempo, os efeitos são imediatos (poucas horas, dias ou semanas), como por exemplo, náusea, perda de apetite e de peso e até mesmo a morte.
Quando a exposição é crônica, ou seja, a dose é recebida pouco a pouco, durante anos, os efeitos são tardios (anos ou décadas), como por exemplo, câncer, úlcera, catarata, esterilidade, envelhecimento precoce, leucemia.
A gravidade dos efeitos somáticos depende da dose total de radiação recebida, do intervalo de tempo em que ela foi recebida, e da região do corpo que foi atingida.
2) Efeitos Hereditários (DNA): também conhecidos com efeitos genéticos, são originados somente no descendente da pessoa irradiada. São resultantes dos danos que as radiações provocam nas células dos órgãos reprodutores.
Efeitos da radiação de acordo com a absorção corporal:
1) Absorção de 0 a 25 rem – nada se observa
2) Absorção de 25 a 50 rem – redução dos glóbulos brancos
3) Absorção de 100 a 200 rem – náuseas – intensa redução dos glóbulos brancos
4) Absorção de 500 rem – 50% de probabilidade de morte em 30 dias
O corpo humano é insensível à radiação ionizante, o que significa que sua ação maléfica não é percebida e nem vista, fato que deixa mais vulnerável o corpo humano.
As radiações nucleares possuem uma quantidade de energia suficiente para provocar a ionização, enquanto as radiações mais comuns como o calor e a luz visível não possuem essa capacidade.
Nas células, a ionização pode provocar alterações moleculares, e formação de um tipo de espécies químicas que causam danos para a célula. O ser humano é o alvo mais susceptível à radiação nuclear, e os efeitos da radiação no corpo humano resultam dos danos de cada célula em particular.
Os danos que a radiação pode provocar no homem são:
- danos à divisão celular*
- impedimento da divisão celular
- modificações na estrutura genética das células reprodutoras
- destruição total da célula
Se o corpo humano receber de uma vez de cerca de 700 rads***, ocorrerá um efeito fatal. A exposição a doses de 50 rads não provoca nos seres humanos sinais imediatos de doenças, o que não afasta essa possibilidade em médio e longo prazo.
*Entenda-se divisão celular como mitose e meiose.
**rem: é uma unidade usada para calcular o efeito que a absorção de certa quantidade de energia provocou em determinado organismo. O rem está relacionado com a quantidade necessária de radiação para causar uma quantidade particular de efeitos danosos ao organismo. Um rem é equivalente a 0,01 joule por quilograma.
***rad: é uma unidade definida como a quantidade de energia absorvida pelos tecidos e ossos por unidade de massa. Um rad é equivalente a 0,01 joule por quilograma.
Fonte: http://diario-saude.blogspot.com/
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