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sábado, 14 de maio de 2011

A doença da desinformação

Há uma doença que quase ninguém fala: é a da desinformação. E isso é sério. O que tenho visto de gente que se alimenta mal, mesmo tendo razoável nível de conhecimento e cultura, é absurdo. Esse é só um aspecto. O outro que também me deixa alerta é a velocidade com que se come. Ninguém parece saber mastigar bem e consegue almoçar ou jantar em dois ou três minutos. Literalmente, os alimentos (muitas vezes de má qualidade) são empurrados goela abaixo.

Longe de ser algo que atinge apenas as classes sociais mais baixas, a desinformação sobre prevenção e bons hábitos é chocante. Pacientes ainda me perguntam se carne de porco faz mal à infecção, se podem tomar caldo de cana ou se pode misturar caranguejo com antibiótico. Amigos e amigas, precisamos ler mais e se interessar por coisas que dizem respeito a nossas vidas. Quando não se sabe nada sobre o corpo em que “se mora”, como cuidar dele e viver mais e melhor?

O aprendizado sobre nosso corpo, nossa mente e nossas emoções deveriam ser matérias obrigatórias de curriculum escolar, assim como lidar com finanças e, pelo menos, ter noções básicas de civilidade. Não dá para viver em um mundo altamente tecnológico sem saber que manga com leite não mata, vitaminas não engordam e que gonorréia não dá câncer de próstata. O acesso à informação hoje é fácil. A preguiça em se inteirar dos assuntos – gerando a desinformação – é que é a doença miserável que exclui a evolução. Informação de qualidade é saúde!

Fonte: Médico Carlos Bayma, disponivel em http://www.bancodesaude.com.br/user/4474/blog/doenca-desinformacao.

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