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terça-feira, 31 de maio de 2011

Por que lavar as mãos..Vamos lavar as mãos!!!!

Uma pesquisa feita com 13 países mostrou que ainda temos uma herança indígena forte quando o assunto é higiene. Cerca de 12 mil pessoas do Reino Unido, Canadá, Brasil, Estados Unidos, África do Sul, França, Alemanha, Malásia, Austrália, China, Índia, Arábia Saudita e Emirados Árabes responderam a um questionário de 119 perguntas, relacionadas aos hábitos de limpeza das mãos, faxina, preparação, manuseio e armazenamento de alimentos e histórico de doenças. As pessoas deveriam concordar ou não com afirmações como "Demora muito tempo para lavar minhas mãos com sabonete cada vez que eu cozinho", ou "Se estiver com fome, geralmente não me preocupo em lavar as mãos antes de comer", ou dizer a frequência com que elas limpavam a cozinha ou o banheiro. Brasil e Alemanha tiveram os melhores índices de higiene, sendo que os brasileiros apresentam a menor frequência de gripe e diarréia.

O estudo, conduzido pelo Global Hygiene Council, foi divulgado na semana passada e é o maior já feito sobre hábitos de higiene e saúde. Ele sugere que os brasileiros lavam mais as mãos – uma das melhores maneiras de prevenir infecções por contaminação – justamente porque acham que estão mais suscetíveis às infecções. Os brasileiros são, também, os que menos apresentam doenças infecciosas. Lavar as mãos com frequência, aqui, significa mais de cinco vezes ao dia. Se contarmos as vezes que vamos ao banheiro por dia e as três refeições diárias básicas, esse número é até pequeno. É grande a quantidade de brasileiros que sente culpa se sair do banheiro sem lavar as mãos: 81% – por isso 80% se obrigam a fazê-lo.

Entre os resultados gerais, a pesquisa mostrou que as pessoas que lavam as mãos são cerca de dez vezes mais higiênicas, muito provavelmente porque seus hábitos estão automatizados, fazem parte da rotina. As pessoas organizadas são mais higiênicas que as bagunceiras. Já as pessoas mais frágeis e/ou sensíveis e nervosas desenvolvem 10% mais gripe (seguida de febre) e diarréia do que as calmas.

Quem tem bons hábitos de higiene pessoal possui baixa probabilidade de contrair resfriados e diarréia, resultando em quase três vezes mais chances de ter uma boa saúde. Na visão do virologista John Oxford, presidente do Global Hygiene Council e diretor do Retroscreen Virology e do Hospital Real de Londres, as determinantes para uma boa higiene e, consequentemente, uma boa saúde são hábito, consciência dos benefícios, boas maneiras (como cobrir a boca para tossir) e organização. Automatizar os hábitos é a melhor maneira para mudar o comportamento. "Fiquei maravilhado com as crianças aqui no Brasil escovando os dentes logo após o almoço, na escola", ele disse.

As mulheres tendem a ter melhores hábitos de higiene pessoal (59,5%) do que os homens (44,5%), e este índice aumenta com a idade, com o nível de renda e educação. Quanto mais velho, mais dinheiro e escolaridade tiver, melhores os hábitos. Não é à toa que as donas de casa são mais higiênicas (64,5% apresentaram ótima higiene pessoal), enquanto os estudantes mostraram os piores índices (44,5% com bons hábitos de higiene). A limpeza de casa segue o mesmo raciocínio: as mulheres são mais cuidadosas que os homens. Reino Unido e Austrália reportaram os mais altos índices de higiene doméstica, enquanto China, Malásia e Oriente Médio (Arábia Saudita e Emirados Árabes) reportaram os mais baixos. Também por isso, as populações desses países foram os que mais reclamaram algum tipo de infecção.



Por que lavar as mãos
A presença da bactéria Escherichia coli indica contaminação – pode ser tanto da água quanto de superfícies de móveis de casa. Segundo Oxford, uma pesquisa feita há três anos mostrou que esse organismo está presente até mesmo no interior da frigideria, ou no pano de cozinha – provavelmente contaminados por alguém que não lavou as mãos. A bactéria sobrevive até três dias, dependendo das condições do ambiente. Acontece o mesmo com o vírus influenza, da gripe. Se uma pessoa espirrar ou tossir e não lava as mãos, contaminará tudo o que ela tocar. O rotavírus, resposável pela gastroenterite, e o vírus da hepatite A podem sobreviver mais de 60 dias.

Um estudo publicado neste ano no Journal of Medical Virology, e comentado pela pediatra Giuliana Durigon, mostrou que, na casa de pessoas com resfriado, 40% das superfícies estavam contaminadas. Ou seja, o rinovírus estava em maçanetas, controles remotos e torneiras, todos eles contaminados pelas mãos. Outro trabalho, publicado em 2005 no Lancet e feito no Paquistão, mostrou que o uso de sabonete podia reduzir em até 50% os casos de pneumonia em crianças menores de cinco anos. De acordo com Giuliana, um estudo, publicado neste ano no International Journal of Environmental Research and Public Health, com voluntários que passaram em locais públicos (escadas, corrimões, ônibus etc) indicou que lavar as mãos com sabão é muito melhor do que com apenas água para evitar a presença de bactérias. "A lavagem das mãos e o uso de sabonete pode ter grande impacto na saúde da população com um todo".

http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com

Novo método tem maior taxa de sucesso contra o cigarro

Um novo modelo de tratamento do tabagismo desenvolvido no InCor (Instituto do Coração) tem feito mais pessoas pararem de fumar, com menos chances de recaídas.

Cerca de 25 milhões de brasileiros acima de 15 anos são fumantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Chamado de PAF (Programa de Assistência ao Fumante), O modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai medindo e tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.

A cardiologista Jacqueline Scholz Issa, criadora do método, que está há 18 anos à frente do ambulatório de tratamento do tabagismo do InCor, diz que a taxa de eficácia do programa, no período de um ano, é de 55% -contra 34% da que existia cinco anos atrás. Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%.

Esses primeiros resultados, obtidos a partir de 400 pacientes atendidos, foram apresentados à comunidade científica internacional em congresso no Canadá.

Eles também serviram de base para a elaboração de um software, que pode ser acessado via internet por médicos de todo o país. Centros públicos terão acesso grátis.

EMOÇÕES

O sistema permite saber quantos fumantes desistiram do tratamento, quantos sofreram efeitos colaterais dos remédios, quantos tiveram sucesso ou recaídas e quais as causas dos insucessos.

Ele também permite que o médico avalie melhor o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.

A partir desses dados, Issa desenvolveu uma metodologia de tratamento que considera, entre outras coisas, o grau de desconforto do paciente durante o período de abstinência.

"É a partir disso que se associa ou não medicamentos.

O tratamento vai sendo ajustado de acordo como grau de desconforto e é totalmente individualizado", explica.

As drogas mais utilizadas são a vareniclina (Champix) e a bupropiona (Zyban), além de adesivos e gomas de nicotina.

Antidepressivos também podem ser usados.

TERAPIA

O programa não envolve abordagens de terapia cognitiva comportamental -o que é recomendado em programa do governo federal. Segundo Issa,uma boa relação entre o Médico e o paciente já garante o suporte necessário na fase de abstinência.

O tratamento dura, em média, três meses e demanda de quatro a cinco consultas. "O follow up [acompanhamento] também pode ser feito por telefone ou por e-mail", diz.

Médicos que trabalham com tratamento de tabagismo dizem que as taxas de sucesso do PAF são superiores às verificadas em outros centros, entre 30 e 40%.

"Os resultados são maravilhosos", resume a psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de dependência química da Santa Casa do Rio.

O pneumologista Ricardo Meirelles, do Inca (Instituto Nacional do Câncer), diz ter gostado da proposta do PAF e do fato que ela considera que, mesmo pessoas que fumam pouco, podem ter alto grau de dependência.

Ambos acreditam, porém, que as chances de a pessoa abandonar o vício são maiores quando o tratamento inclui, além da medicação, abordagens de terapia cognitiva comportamental -técnica através da qual a pessoa tenta entender melhor suas emoções e modifica seu modo de agir.

Fonte: estadao.com

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Descoberto o gene da felicidade

Pessoas com a versão longa do 5-HTT tendem a sentir-se mais felizes.

O gene 5-HTT regula o transporte de serotonina – químico associado ao sentimento de bem-estar - ao cérebro. Quem tem a variante mais longa deste gene tende a viver mais feliz. A conclusão é de um estudo que analisou 2.574 adolescentes ao longo de 13 anos.

A investigação de Jan-Emmanuel De Neve, da Escola de Londres de Economia e Ciência Política, vai ser publicada no “Journal of Human Genetics”. O objectivo foi tentar perceber porque é que algumas pessoas parecem naturalmente mais felizes do que outras.

Cada pessoa tem duas variantes do gene: a variante longa deste gene permite uma libertação e uma reciclagem melhor da serotonina do que a variante mais pequena.

Os 2.574 adolescentes responderam a um inquérito que perguntava quão satisfeitos estavam com a vida. Ao analisar a informação genética, a equipe verificou que 69% dos jovens, que tinham duas cópias grandes do gene, diziam estar satisfeitos (34%) ou muito satisfeitos (35%) com a vida.

Dos que tinham duas cópias curtas, só 38% diziam que estavam satisfeitos ou muito satisfeitos (19%). No total, cerca de 40% dos adolescentes disseram que estavam "muito satisfeitos" com a vida.

Os adolescentes foram monitorizados entre 1995 e 2008.

Fonte:http://rr.sapo.pt

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Academias terapêuticas ganham SP

Nem lazer, nem diversão, nem questão de estética. Exercício físico é, segundo os médicos, uma medida terapêutica. Difícil é convencer o paciente disso. "Para as pessoas, é mais fácil tomar uma cápsula do que fazer exercícios. Existe uma falta de conscientização", diz ortopedista Marco Paulo Otani. Para aproximar a clínica médica da malhação ele inaugurou, no ano passado, um espaço que define como academia terapêutica. E não está sozinho: já existem cerca de sete estabelecimentos desse tipo na capital.

Em uma academia terapêutica, o cuidado com a estética dá lugar à reabilitação e ao tratamento. Todo aluno é acompanhado por médico, fisioterapeuta e educador físico. Os equipamentos também são diferentes. Na musculação, os lados de uma máquina que trabalha os braços, por exemplo, são dissociados, de modo que o praticante possa melhor aproveitar o exercício se tiver uma lesão em um dos membros.

Na avaliação dos médicos, a atividade física pode ser benéfica para portadores de doenças reumatológicas, ortopédicas, cardiovasculares, psicossomáticas e dores crônicas. "Já na academia tradicional, todo mundo está interessado em aumentar o bumbum ou emagrecer", diz Maria Izabel Nomura, 70 anos, a primeira aluna do espaço criado por Otani, o Centro de Qualidade de Vida. Ela procurou a malhação para tratar uma escoliose.

A elevação do exercício físico ao patamar de prevenção efetiva contra várias doenças levou a Câmara dos Deputados a instalar, na semana passada, a Frente Parlamentar da Atividade Física para o Desenvolvimento Humano. O objetivo é transformar o exercício em prioridade governamental na promoção da saúde pública. Hoje, Dia do Desafio, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividades físicas, o assunto vem à tona mais uma vez.

Sem lesões. O médico Benjamin Apter é outro defensor do conceito de academia terapêutica. À frente da B-Active, explica que o local, focado na saúde do aluno, ajuda a proteger contra lesões. "Alguns nem sabiam que tinham uma doença, mas elas foram detectadas antes que começassem a treinar", conta. Essa triagem é exceção no universo dos novos esportistas: 90% deles, em São Paulo, não consultam um médico antes de iniciar uma atividade física e se machucam, segundo noticiou o JT no início do mês, com base em um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Entre a clientela de Apter há pacientes de vários tipos. "Recebemos alunos cardíacos, diabéticos, hipertensos, com artrose", enumera. Ele destaca que o exercício também podem servir de coadjuvante para outros tratamentos que o paciente já realize.

O cardiologista Nabil Ghorayeb, que presidiu na semana passada o 3.º Simpósio de Medicina do Esporte, frisa a importância dos exercícios no combate aos males cardiovasculares. "Trabalhos publicados nos últimos dois anos demonstram que atividades regulares estimulam a produção de enzimas que impedem o depósito de gordura nas paredes internas dos vasos sanguíneos, prevenindo essas doenças."

Segundo Ghorayeb, quem se dispõe a fazer exercícios regulares acaba mudando naturalmente outros hábitos. "Se a pessoa fuma, ela tende a largar o cigarro. Também existe um equilíbrio da parte emocional e comportamental. Quem faz exercícios é muito mais aberto e sociável do que o sedentário."

Para o diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME), Ricardo Munir Nahas, a opinião sobre o exercício já começou a mudar no País. "O cenário está mudando de forma bem lenta, mas as pessoas estão cada vez mais recorrendo à atividade física como coadjuvante no tratamento das doenças."

Malhação contra dor crônica e males emocionais


Pacientes com dores crônicas são alguns dos principais beneficiados pelos exercícios. Quando praticados com regularidade e disciplina, funcionam como uma espécie de ‘analgésico natural’. Esse foi o tema de um artigo publicado pela fisioterapeuta Juliana Barcellos de Souza na Revista Brasileira de Medicina do Esporte.

"O aumento do metabolismo ocasionado pelo exercício, em médio prazo, age no aumento da produção do neurotransmissor betaendorfina, que atua na modulação da dor", diz ela. O mecanismo, explica, é eficaz em doenças para as quais os analgésicos não costumam fazer efeito.

As dores na coluna, que atingem cerca de 80% das pessoas em alguma fase da vida, também podem ser evitadas ou tratadas com exercícios, segundo o médico Alexandre Fogaça, chefe do grupo de coluna do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP. "O exercício é importante porque ajuda a desenvolver a musculatura paravertebral e abdominal, e a postura depende do desenvolvimento dessa musculatura", diz.

Para Juliana, é importante que as pessoas escolham exercícios que lhes proporcionem prazer. Segundo ela, quando feito "por obrigação", os efeitos benéficos podem não ser tão evidentes no que diz respeito às dores crônicas.

O educador físico Márcio Pereira, professor da Universidade Estácio de Sá, atua em um projeto de extensão que oferece exercícios para grupos especiais com hipertensão, diabete, obesidade e dores crônicas. De acordo com ele, a demanda de pessoas com disfunções de fundo emocional, como a síndrome de burnout e a fibromialgia, tem crescido. "O trabalho multidisciplinar com os educadores físicos e fisioterapeutas nas terapias de reabilitação, exercícios aeróbicos e funcionais, além de atividades como a meditação, tem alcançado bons resultados", avalia.

Desafio de hoje no mundo: praticar atividades físicas


O Dia do Desafio é organizado no Brasil há 16 anos. A iniciativa surgiu no Canadá, em 1983, quando o prefeito de uma cidade resolveu incentivar os cidadãos a se exercitarem. Atualmente é um evento mundial, por meio do qual cidades de países diferentes competem entre si para ver qual delas consegue levar mais pessoas a praticar atividades físicas.

Para participar, basta se juntar a uma das atividades já programadas. Também é possível fazer exercícios por conta própria e registrar a participação pelo telefone 0800-118220. No fim do dia, o número de participantes será contabilizado e os resultados de cada cidade serão confrontados com os das concorrentes. Neste ano, São Paulo compete com Durango, no México. Mais detalhes sobre o evento estão na web (www.sescsp.org.br/diadodesafio).

Serviço

Centro de Qualidade de Vida: www.cqv.net.br. Rua Santa Cruz, 245. Mensalidade: R$250.

B-Active: www.bactive.com.br. Rua Alagoas 148. R$39 por sessão.

Taktos Academia Terapêutica: www.taktos.com.br. Rua Dr. Bacelar, 618. R$75 por sessão.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mulher é mais suscetível a sofrer de pressão alta

Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hipertensão, que acontece amanhã, salienta a importância da adesão ao tratamento

A mudança do estilo de vida, a rotina estafante e a necessidade de assumir vários papéis estão fazendo com que a mulher sofra mais de pressão alta. Pesquisa recente do Ministério da Saúde revela que 27,2% das brasileiras têm hipertensão. Um índice maior que o dos homens: 21,2%. Para especialistas, a mudança nos hábitos femininos serve de reflexão para o Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hiper­­tensão, comemorado amanhã. O dia terá o slogan “Eu sou 12 por 8”, em referência ao indicador de uma pressão considerada normal.

A redução da pressão arterial em mulheres é um fator significativo para prevenir enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC), segundo um estudo feito com cerca de 9 mil pacientes em 11 países, publicado no Hypertension: Journal of the American Heart Association. A diminuição da pressão em 15 mmHg, aponta a pesquisa, afastaria a possibilidade desses eventos em 40% das mulheres.

E uma das medidas mais eficazes para a redução desses níveis é a diminuição do peso. “Cada cinco quilos perdidos reduzem de 10 a 20 milímetros de mercúrio na pressão arterial. Isso significa que uma pessoa que tem pressão 160 por 100 pode reduzir para 140 por 150, sem usar medicamentos”, salienta o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças Dalton Bertolim Precoma. Além da manutenção do peso, diminuição do sal na comida, melhora dos hábitos alimentares e prática regular de exercícios físicos são medidas que ajudam no controle da pressão, além do uso de medicamento específico quando necessário.

A adesão ao tratamento da doença, no entanto, é baixa: apenas uma em cada quatro pessoas hipertensas estão em tratamento. “É preciso conscientização e que as campanhas sejam mais ostensivas. A hipertensão gera custos altíssimos para a saúde, já que muitos têm de se submeter a cirurgias complexas como colocação de ponte de safena”, afirma o presidente do departamento de pressão arterial Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcus Vinícius Bolívar Malachias.

Problemas

Para o cardiologista do Hospital Car­­diológico Costan­­tini Mi­­guel Morita Fernan­­des da Silva, a falta de sintomas – na maior parte dos casos – e a dificuldade de adequar o tratamento à rotina são fatores que fazem o paciente não seguir com a medicação. “Pelo organismo estar acostumado com um nível mais alto, ele pode ter um mal estar em um primeiro momento e crer que o remédio faz mal, o que não é verdade”.

A hipertensão mal tratada, de acordo com o cardiologista Miguel Morita, pode levar a outras complicações como insuficiência renal, enfarte e AVC. Para descobrir o problema, a me­­lhor forma é medir a pressão regularmente. “Não tem ou­­tra maneira de saber. Todo adulto deve me­­dir pelo me­­nos uma vez ao ano e regularmente após aos 40 anos”, saliente Morita.

Elisabeth Cristina Triska, 55 anos, faz parte do porcentual de brasileiras que têm de conviver com a hipertensão. Descobriu a doença há dez anos ao realizar um exame de rotina e, desde então, toma medicação três vezes ao dia. Ela também controla a alimentação e vai e volta do trabalho a pé (cerca de 18 quadras) todos os dias. Diferen­­temente de grande parte dos hipertensos que não aderem ao tratamento, Elisabeth deixa para tomar o medicamento junto com a refeição. “Desta forma eu consigo seguir os horários sem problema nenhum”.

Serviço

A campanha tem atividades programadas por estados e vai focar em ações por meio das redes sociais Twitter, Facebook e Orkut. Mais informações pelos sites: www.eusou12por8.com.br e www.cardiol.br. Em Curitiba, os hospitais Vita auferem pressão e dão dicas sobre o assunto no Shopping Palladium.

O que fazer
Para manter a pressão no nível ideal (de 120 por 80 ou menos), algumas medidas são importantes:

- Mantenha regularmente uma atividade física.

- Diminua o consumo de sal e sódio proveniente de alimentos industrializados.

- Evite refrigerantes, até mesmo os da versão diet e light. Pesquisas mostram que o consumo dessa bebida aumenta as chances de desenvolver problemas cardiovasculares.

- Controle o peso. Quilos a menos significam pressão mais baixa.

- Verifique a pressão regularmente, principalmente após os 40 anos ou quando há casos da doença na família.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

O sol que faz bem ao organismo

O contato entre os raios e a pele ajuda a sintetizar a vitamina D, que facilita a absorção de cálcio e fósforo no intestino

Se você é daqueles que não aproveitam os dias de sol para fazer atividades ao ar livre, é bom se preparar. Em dias cada vez mais nublados, o nível de vitamina D no organismo pode ter uma queda significativa e trazer prejuízos à saúde. Isso porque apenas o contato entre os raios de sol e a pele ajuda o organismo a sintetizar esta vitamina, responsável por facilitar a absorção de cálcio e fósforo no intestino e, consequentemente, manter a saúde dos ossos e das funções neuromusculares em dia.
O alerta serve principalmente para quem não aproveita ao ar livre os parcos dias de sol – principalmente em Curitiba. Segundo a médica Victória Borba, do Setor de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da Universi­dade Federal do Paraná, se a pessoa vai para a praia no verão ou aproveita os dias ensolarados para praticar esportes ao ar livre ou fazer caminhadas, ela produz mais vitamina D que o necessário, e essa quantidade é “poupada” para ser usada em momentos em que a frequência de exposição é muito menor. “Ela fica armazenada no fígado e nas camadas adiposas do corpo [a gordura], sendo usada quando há baixa de estoques da vitamina no corpo”, diz Victória.

Segundo a médica, a incidência dos raios solares no inverno não permite uma síntese da vitamina em quantidade adequada. “Da maneira como eles entram na superfície, a produção de vitamina D é mínima. Mesmo que a pessoa fique muito tempo exposta, o que não é recomendado, não será suficiente.”

Indicações

O ideal para manter os níveis de vitamina D em dia é se expor ao sol por 10 a 15 minutos, duas vezes por semana. E sempre com o rosto, os braços e as pernas expostos, explica o médico reumatologista Cristiano Zerbini, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele orienta que em um curto período a pessoa não passe filtro solar na pele, já que o produto impede a penetração dos raios solares UVB, responsáveis pela ativação da síntese de vitamina D. “São só alguns minutos sem proteção e, se a pessoa pensa em exceder esse tempo, deve passar o filtro solar”, diz Zerbini. “Quem tem pele clara e histórico familiar de câncer de pele deve entrar em contato com um médico para ver se a melhor opção não é a suplementação de vitamina.”

Por outro lado, Lincoln Fabri­cio, médico dermatologista e chefe do setor de dermatologia do Hospital Evangélico, diz que essa aceleração da síntese de vitamina D pela exposição ao sol sem filtro não é completamente comprovada. O consenso entre os dermatologistas, explica, é que cada pessoa se exponha ao sol semanalmente, mas sempre usando o filtro solar com fator de proteção adequado ao seu tipo de pele.

“Mesmo Curitiba sendo uma cidade com inverno frio e chuvoso, é difícil alguém que não tome sol pelo menos uma vez por se­­mana. Se a criança brinca todos os dias no recreio ao ar livre ou os adultos fazem uma boa caminhada aos fins de semana no parque, já está ótimo.”

Benefícios

Ao contrário das vitaminas A e B, adquiridas a partir do consumo de alguns alimentos, a vitamina D é encontrada em quantidade muito reduzida em alguns alimentos e não é sintetizada pelo organismo sem a ajuda do sol.

“Pesquisas mostram que a combinação alimentação adequada e exposição diária ao sol previne osteoporose, diabete, tuberculose e até alguns tipos de câncer, como o de pulmão e de mama”, explica Denise Johnsson Amaral, nutricionista e conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná.

Segundo Denise, para resolver o problema da baixa de vitamina D durante o inverno, países que sofrem com invernos rigorosos mantêm leis determinando o acréscimo de vitamina D aos alimentos. “Como as pessoas não conseguem sintetizá-la adequadamente, farinhas, leite e até sucos de frutas são suplementados com uma quantidade deste nutriente. Como ainda há poucos alimentos fortificados no Brasil, o ideal é investir no consumo de leite e derivados, principalmente no inverno”, orienta.

Melhorias nítidas

Muitas caminhadas, várias doses de leite e pelo menos uma hora de sol no começo da manhã – sempre com filtro solar – todos os dias. Esta é a receita da professora aposentada Thereza Maria Malicheski Finato, de 72 anos, para manter os níveis de vitamina D em dia. Diagnosticada com osteoporose há alguns anos, ela diz que se arrepende de não ter conhecido os benefícios do sol e da boa alimentação antes. “Fiquei muito tempo só tomando medicação e suplementação e não tinha avanços. Agora, decidi conciliar isto com tomar sol e aumentar a ingestão de laticínios e as melhoras são nítidas. Meus níveis de vitamina D nunca estiveram tão bons.”

Fonte: Gazetadopovo.com.br

terça-feira, 24 de maio de 2011

Viagra ajuda a combater sintomas da esclerose múltipla

Estudo espanhol apresentou recuperação quase completa em 50% dos casos observados

SÃO PAULO - Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) divulgaram um estudo que mostra os efeitos positivos da administração de Viagra em animais com esclerose múltipla. Os resultados desta pesquisa foram publicados na revista Acta Neuropathologica.

De acordo com o estudo de dois grupos, liderados pela Dr. Agustina García e pelo Dr. Juan Hidalgo, ambos da UAB, foram observadas recuperações quase completa em 50% dos casos após tratamento de apenas oito dias. Como o medicamento já é comercializado e bem tolerado, os pesquisadores acreditam que testes com seres humanos serão autorizados em breve.

A esclerose múltipla não tem cura, mas alguns medicamentos já se mostraram eficientes no combate de alguns sintomas e para prevenir a progressão do problema, que é o tipo de doença inflamatória crônica mais comum do sistema nervoso central e uma das principais causas de invalidez em adultos. Ela é causada pela presença de focos múltiplos de desmielinização (que resulta na perda da bainha da mielina em torno dos axônios e afeta a capacidade dos neurônios de se comunicarem) e pela neurodegeneração em diferentes áreas do sistema nervoso central.

Os pesquisadores estudaram os efeitos do sildenafil, que é vendido como Viagra, em animais que apresentavam um tipo de esclerose múltipla conhecida como encefalomielite autoimune experimental (EAE). Eles observaram como o remédio reduziu a infiltração de células inflamatórias na massa branca da medula espinal e por consequência nos danos no axônio da célula nervosa, facilitando a reparação da mielina.

O Sidenafil faz parte de um grupo de medicamentos conhecidos como vasodilatadores e usados nos tratamentos de disfunção erétil e hipertensão arterial pulmonar. Estudos anteriores sobre doenças no sistema nervoso central de animais já mostraram que, além da vasodilatação, este tipo de medicamento pode apresentar ações neuroprotetoras.

FONTE: ESTADAO.COM

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Chupeta: grande vilã?

Uma clínica inglesa acaba de lançar um tratamento para crianças que não param de chupar o dedo e, com isso, abre um debate: se é melhor ou não dar a chupeta

Poucos assuntos no universo de quem tem filhos causam tanta polêmica quanto o uso da chupeta. Na Europa, esse tema ganhou um novo capítulo.
Uma clínica inglesa lançou um tratamento exclusivo para crianças que têm o vício de chupar o dedo. O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar, que inclui de psicólogo a fonoaudiólogo. O fundador, Neil Counihan, decidiu abrir o serviço depois de anos tratando crianças com problemas dentários sérios, como mau posicionamento dos dentes e formação do maxilar, causados pelo hábito. Muitas vezes, o dedo é substituto imediato da chupeta, e é aí que a polêmica começa. Os especialistas dizem que nem o dedo nem a chupeta devem ser estimulados. Mas, o que fazer quando você já tentou tudo e o bebê continua chorando? Não há consenso. Alguns dizem que é melhor deixar chupar o dedo porque, à medida que cresce, a criança abandona o vício porque precisa das mãos para explorar. Os que contra-argumentam afirmam que, na hora de dormir, o dedo volta para a boca, e a chupeta pode ser retirada ou a própria criança cospe. No Brasil, os especialistas afirmam que há mais crianças usando a chupeta – certamente mais da metade usa em algum momento nos dois primeiros anos de vida.

Nos Estados Unidos, ela é recomendada – uma das razões é prevenir contra a morte súbita. A Sociedade Brasileira de Pediatria é contra. “Não indicamos, mas se você não consegue fazer com que os pais não deem, tem de dizer como usar e quando parar”, diz Adalberto Stape, pediatra do Hospital Albert Einstein (SP). É como a letra da música “Tchau Chupeta”, do grupo Pequeno Cidadão, que diz: “Todo mundo uma hora tem que se libertar” (a imagem ao lado é do clipe dessa música). Se você optou por dar, veja as respostas para as principais dúvidas que surgem nesse momento.

Tudo sobre chupeta

Qual o modelo indicado? O ortodôntico (a informação está na embalagem); que seja indicado para a idade do seu filho; que tenha bico de silicone, e não de látex; com formato anatômico e furinhos nas laterais.

Como cuidar? Depois de comprar, lave a chupeta com água e sabão neutro. Esterilize em água quente por cinco minutos, seja no fogo ou no micro-ondas. Faça isso uma vez por dia. Quando a chupeta cair no chão, lave imediatamente com água corrente e sabão neutro. Se notar que o bico rachou, está pegajoso ou com qualquer outra alteração, é hora de trocar.

Quando meu filho pode usar? Alguns médicos liberam o uso quando a criança passa por algum momento de ansiedade, como a entrada na escola e até mesmo quando não consegue dormir. “Serve como uma possibilidade de acalmar a mãe e o bebê e auxilia no desenvolvimento emocional. Mas ficar com ela por muito tempo não vai fazer bem”, afirma Eloisa Tavares de Lacerda, psicanalista e fonoaudióloga da PUC-SP. O uso indiscriminado pode causar vários malefícios, que vão desde um maior risco de infecções por bactérias até a elevação do céu da boca. Mas a chupeta, por si só, não é uma vilã. O problema é o uso que se faz dela. Por isso é tão importante prestar atenção no tempo que o seu filho fica com ela na boca – quanto menos, melhor – e fazer a transição para que ele pare de usá-la (leia ao lado). Veja o que fazer em casos específicos:

• Primeiros dias do bebê: os especialistas dizem para os pais insistirem em não dar a chupeta. Mas o que fazer se a criança usa o peito como chupeta? Aí... tudo bem dar, eles dizem.

• Hora de dormir: a maioria das crianças cospe a chupeta naturalmente durante o sono. Se ele não fizer isso – e você ainda estiver acordado – pode tirar.

• Pendurada na fralda ou na roupa: não deixe, de jeito nenhum. Isso só estimula o uso. Também não é legal deixar chupeta espalhada pela casa.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI157440-15151,00.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lavar as mãos pode evitar várias doenças que se tornam mais comuns no inverno

Lavar as mãos pode evitar várias doenças que se tornam mais comuns no inverno
Com as opções sabonete em barra e líquido e espuma antisséptica, a linha Soapex é a mais indicada pelos médicos.*

A chegada do inverno deixa as pessoas mais expostas a algumas doenças provocadas por vírus e bactérias. Nesse período os ambientes permanecem mais tempo fechados e fica ainda mais difícil evitar o contato com agentes causadores de doenças. É bem aí que mora o perigo: nas épocas mais frias do ano, é importante reforçar a assepsia das mãos e do corpo e redobrar a atenção com as crianças.

O simples ato de lavar as mãos com um sabonete antisséptico reduz a possibilidade de contrair doenças como a gripe ou a conjuntivite, que neste ano, causou surtos em algumas cidades brasileiras. Assim como em várias outras infecções, a transmissão da conjuntivite não se dá pelo ar, e pode ser facilmente evitada com a assepsia das mãos e de objetos de uso comum. “Mesmo conhecendo os riscos, as pessoas tendem a tocar em objetos de uso coletivo, como telefones, elevadores e maçanetas, e depois tocar em objetos pessoais ou até levar as mãos à boca e coçar os olhos”, afirma a dermatologista Danielle Shitard Nascimento. A médica lembra que é possível se prevenir de muitas doenças apenas fazendo a assepsia de maneira correta.

O hábito de compartilhar objetos como copos ou toalhas, também deve ser evitado. No ambiente de trabalho ou em locais onde as pessoas passam muito tempo juntas, lavar as mãos deve ser uma prática constante. Quem tem filhos na escola deve incentivar este hábito e alertar as crianças para o risco de contaminação por microorganismos ao coçar os olhos, boca ou nariz. Algumas pequenas mudanças na rotina podem colaborar para a saúde de sua família e das pessoas com quem convivem diariamente.

Com eficácia comprovada na eliminação de bactérias e outros microorganismos como vírus, a linha de antissépticos Soapex, da Galderma, é a mais recomendada pelos especialistas brasileiros. Soapex pode ser utilizado por toda a família e conta com as opções sabonete em barra, versão cremosa (sabonete líquido) e espuma antisséptica, que dispensa o uso de água, não resseca a pele e é ideal para ser levada na bolsa.

.*Fonte: Close Up Março 2011. |

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AS HEPATITES VIRAIS É UM BOM MOMENTO PARA SE PENSAR EM PREVENÇÃO

Dos cinco tipos conhecidos desta infecção no fígado, apenas dois (A e B) podem ser prevenidos por vacina. O epidemiologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e da Faseh, aconselha a vacina para todas as pessoas.
Nesta quinta-feira, 19 de maio, é o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais – infecções provocadas por um grupo de vírus que, ao comprometer em graus variados o funcionamento do fígado, podem levar o doente à morte. Atualmente, são conhecidos mais de cinco tipos de hepatites virais, sendo as mais comuns as - A, B, C, D e E. Destas, apenas duas podem ser prevenidas pela vacinação: as dos tipos A e B.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que dois bilhões de pessoas ao redor do planeta já foram infectadas com o vírus da hepatite B, dos quais 325 milhões tornaram-se portadores crônicos – cerca de 5% da população mundial. Sem falar os 170 milhões dos portadores da hepatite C. A maioria das pessoas desconhece sua condição sorológica, agravando a cadeia de transmissão da infecção e as formas crônicas da doença.
Das hepatites evitadas por vacina, a hepatite B destaca-se pela sua gravidade: seu vírus é 100 vezes mais contagioso que o vírus HIV. O Brasil é classificado pela OMS como tendo elevada prevalência na região da Amazônia Legal e intermediária no restante do seu território. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 1999 a 2009, houve 96.044 casos confirmados da doença, dos quais 90% agudos e mais da metade em indivíduos de 20 a 39 anos.

O MAL SILENCIOSO E A VACINA

A hepatite B é considerada um mal silencioso, porque nem todos que contraem a doença apresentam sintomas. A maioria das crianças infectadas é assintomática. Já pouco mais de 50% dos adultos apresentam sinais da doença - mal-estar, febre, diarréia, vômitos e icterícia (pele e olhos amarelados).
Dos adultos infectados, entre 90 a 95% têm total recuperação. Menos de 1% desenvolve uma forma aguda da doença, a hepatite fulminante, que provoca hemorragia em vários órgãos e pode levar o indivíduo à morte. De 5 a 10% dos adultos infectados não conseguem eliminar o vírus após seis meses, tornam-se portadores crônicos e podem desenvolver cirrose, falência do fígado e câncer no fígado.
“A maioria das pessoas não sabe que é portador crônico porque a doença é assintomática. A descoberta ocorre após um check-up, doação de sangue ou manifestação dos sintomas – inchaço, pele amarelada, sangramento, barriga d’água. Por isso, essa pessoa pode contaminar os outros sem saber”, afirma infectologista Rosana Richtmann, vice-presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.
A transmissão ocorre pelo contato com o sangue e as secreções corpóreas de uma pessoa infectada. As formas mais comuns são contatos sexuais, uso compartilhado de seringas e injeções e transfusões de sangue contaminado. O contágio pode ocorrer ainda via objetos cortantes - alicates de unha, lâminas usadas por barbeiros, tatuagens, piercings - e o uso compartilhado de escovas de dente. A mulher infectada pode contagiar o filho durante o parto. Para não contrair a doença, o bebê precisa ser vacinado nas primeiras 12 horas de vida. De 70% a 90% das crianças nascidas de mãe infectadas, e que não foram vacinadas ao nascer, tornam-se doentes crônicos.
O Programa Nacional de Imunização prevê a vacinação gratuita para pessoas até 24 anos e grupos de risco. O epidemiologista José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, aconselha a vacina para todas as pessoas. “A hepatite B pode infectar pessoas de qualquer idade. É uma doença transmitida principalmente por via sexual entre os adultos. Por isso, pessoas com mais de 24 anos sexualmente ativas devem se prevenir”, diz.
A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do grupo francês Sanofi-Aventis, distribui uma vacina contra a hepatite B, internacionalmente conhecida como Euvax B. A partir de tecnologia de engenharia genética, a vacina é produzida apenas com a parte do vírus responsável por causar a infecção e apresenta alta eficácia. A vacina possui duas apresentações: uma pediátrica e outra para maiores de 16 anos. A vacina deve ser tomada em três doses, a segunda passados 30 dias da primeira dose aplicada e a última após 180 dias. "As três doses da vacina são fundamentais para conferir a proteção necessária contra a hepatite B", afirma a gerente médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani.

Fonte: WWW.SNIFBRASIL.COM.BR

terça-feira, 17 de maio de 2011

Prisão de ventre ou intestino preso. O que fazer?

A prisão de ventre ou intestino preso, é um problema bastante freqüente nos dias de hoje. Uma em cada 5 pessoas reclama que não evacua todos os dias, como seria o normal. Essa proporção duplica quando estamos falando somente das mulheres. Isso traz desconforto abdominal, excesso de gases e ressecamento das fezes, o que por sua vez pode gerar problemas no reto, como fissuras, sangramentos e dores para evacuar.

Alimentação inadequada e vida sedentária são os principais complicantes para o aumento desse problema. Aquilo que é mais "fácil" e rápido de ingerir não é, definitivamente, o mais saudável. Sanduíches rápidos, frituras, refrigerantes, biscoitos e açúcar dominam cada vez mais o dia-a-dia do brasileiro. O aumento desse tipo de alimentação rápida é diretamente proporcional ao dos pacientes nos consultórios de doenças gastrintestinais.

O tipo mais freqüente prisão de ventre é a chamada funcional. Outras causas, porém menos freqüentes, são hipotireoidismo, diabetes e uso de alguns medicamentos como analgésicos, antiácidos, antidepressivos e sais de ferro.

Algumas pessoas tentam explicar esse problema como sendo hereditário. Entretanto, quando toda uma família tem dificuldade de funcionamento intestinal, o mais previsível é que todos tenham os mesmos maus hábitos que levam à prisão de ventre.

1. Redução dos estímulos para evacuar

É importante evacuar diariamente pela manhã. A milenar Tradicional Medicina Chinesa (MTC) já considerava isso, antes mesmo do surgimento da civilização ocidental. E por uma simples razão: é pela manhã que o relógio biológico sinaliza com o comando de eliminar excretos. Evacuar logo ao despertar alivia o metabolismo - limpa a área - para a plena captação (em todos os níveis de conscência) de todos registros do dia que se inicia.

Existem 3 reflexos para evacuar e ativar o funcionamento intestinal diário e matinal:


reflexo ortocólico - quando acordamos e ficamos de pé;
reflexo gastrocólico - com a chegada do desjejum ao estômago, que se distende e avisa ao intestino ser hora de funcionar; e
reflexo colocólico - provocado pela entrada do bolo fecal no ceco.


Os reflexos fisiológicos não passam pelo cérebro, porém, conscientemente o reflexo pode ser inibido. Muitas pessoas, apressadas, suprimem essa vontade.

Quando, dia após dia, ano após ano, esses reflexos deixam de ser atendidos por restrição de tempo, eles se tornam quase imperceptíveis. Como reflexos fisiológicos, podem ser desenvolvidos novamente, pois mediante uma reeducação, o organismo pede reconquistar o hábito de evacuar todas as manhãs.


2. Falta água - líquidos - na Alimentação diária

Cerca de 65% do peso de um adulto é água!

Sem água nada funciona bem, especialmente intestinos os rins. Água é alimento, aliás, depois do oxigênio, é o mais essencial dos alimentos. Ela cumpre também uma função importantíssima: a de transportar os nutrientes até às células que deles necessita e, retirar das células todos os seus excretos e subprodutos, encaminhando-os para os cinco sistemas excretores.


3. Vida Sedentária

A atividade física regular e responsável acelera o metabolismo basal, proporcionando um despertar, uma nutrição vital de todos os órgãos e sistemas. O sedentarismo leva à atonia, com enfraquecimento da musculatura abdominal, diminuindo a força para evacuar.


4. Baixo consumo de alimentos integrais e crus

Os alimentos que favorecem o bom funcionamento intestinal são aqueles ricos em fibras, como as verduras (folhas verdes), frutas como o limão, laranja, tangerina, ameixa, figo, abacate, manga, mamão e uva, legumes como o xuxu e o brócolis, além de sementes como a linhaça e o gergelim.

E uma excelente pedida é misturar estes alimentos no preparo de sucos desintoxicantes, tomados idealmente em jejum, imediatamente após seu preparo.

Alguns chás são estimulantes do intestino, como o senne (Cassia angustifolia), porém, seu uso continuado não é indicado e vai perdendo seu poder laxante. Isso também ocorre com a maioria das fórmulas de laxantes (naturais e sintéticas), e só devem ser usados numa emergência e com acompanhamento médico.

O que de fato corrige o funcionamento adequado do intestino é a mudança de hábitos como alimentação natural e desintoxicante, além da atividade física diária. Se a prisão de ventre não melhorar totalmente com essas medidas, não interrompa, pois leva um bom tempo para um organismo por demais debilitado se recuperar. E, importante, consulte um médico.

Num país onde há produção abundante de frutas, verduras, legumes e sementes, tanto sol e clima adequado para uma caminhada, não tem porque existir esta endemia com tantas pessoas com intestino preso e barriga estufada.

* Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida.


Fonte: Doce Limão - Cuidados com seu Intestino

CADA VEZ MAIS PAULISTANOS DESCOBREM TER HEPATITE

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde e SP no Centro de Referência e Treinamento (CRT) em DST/Aids, órgão da pasta, aponta que, em cinco anos, houve aumento de 56,9% no número de casos de hepatites identificados pelo serviço.
Em 2004, quando o Ambulatório de Hepatites do CRT-DST/Aids iniciou suas atividades, foram identificados de 388 casos da doença. Em 2009 (último dado consolidado disponível), o número pulou para 609. Durante esse período, houve 4.164 casos de hepatites virais, dos quais 68,5% em homens.
O crescimento das notificações levou o serviço a traçar um perfil dos atendidos. Entre os pacientes do sexo masculino, 51,8% eram portadores do tipo C e 33,1% haviam contraído o tipo B da doença. Já entre as mulheres, 69,8% foram infectadas com o tipo C e 18,1% com o tipo B.
Do total de pacientes, 73,6% têm entre 20 e 49 anos de idade. Com relação aos estudos, 45,7% completaram têm entre 8 e 11 anos de escolaridade e 20,7% estudaram por 12 anos ou mais.
"O levantamento dos casos de hepatites virais possibilitou conhecer melhor o perfil dos nossos usuários e traçar estratégias específicas para essa população, a fim de atender cada vez melhor nossos pacientes", afirma a diretora do CRT-DST/Aids, Maria Clara Gianna.
A hepatite B é transmitida principalmente por meio do sangue. Os usuários de drogas injetáveis estão entre as maiores vítimas. O vírus também pode ser também passado pelo contato sexual e durante o nascimento (transmissão entre mãe e feto).
A hepatite C é transmitida por meio do sangue, raramente a infecção pode ocorrer por conta do ato sexual ou durante o nascimento. Ambos os vírus podem evoluir para um quadro crônico, a exemplo da cirrose ou do câncer de fígado.
Segundo Maria Clara Gianna, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 3% da população mundial estejam infectadas com o vírus da hepatite C, sendo 170 milhões de pessoas são portadoras da forma crônica da doença.
O Ambulatório de Hepatites Virais oferece assistência integral, por meio de equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e psiquiatra.

Fonte: SNIFBRASIL.COM.BR

sábado, 14 de maio de 2011

Efeitos das Radiações Nucleares

Com o terremoto – seguido de tsumani – ocorrido no nordeste do Japão, um assunto até então mantido em banho-maria veio à tona: os perigos das radiações ionizantes para os seres humanos, mesmo quando são usadas para fins pacíficos (produção de energia elétrica por usinas nucleares). Sendo assim, acompanhe esta postagem resumida sobre seus efeitos deletérios.

A radiação nuclear (ionizante) causa uma série de danos às pessoas, imediatos ou em longo prazo. Os principais são: queimaduras (de variadas extensões e profundidades), tumores malignos, envelhecimento precoce, esterilidade, imperfeições genéticas em futuras gerações e até mesmo a morte.

A radiação atua de forma diferente para cada tipo de célula. A Lei de Bergonie & Tribondeau resume bem isso: “A sensibilidade das células à radiação é diretamente proporcional à sua atividade reprodutora e inversamente proporcional ao seu grau de especialização”.

Ou seja, quanto menor sua capacidade de se multiplicar e mais especializada a célula (neurônios, por exemplo), menores os efeitos da radiação, ao passo que, quanto menos especializada (portanto, com maior atividade multiplicadora), maiores e mais precoces os danos.

Podemos dividir os efeitos da radiação em duas categorias:

1) Efeitos Somáticos (corpo): são provenientes de danos nas células corporais e se manifestam apenas na pessoa irradiada, não oferecendo riscos às gerações futuras.
Quando a exposição é aguda, ou seja, a dose total de radiação é recebida num curto intervalo de tempo, os efeitos são imediatos (poucas horas, dias ou semanas), como por exemplo, náusea, perda de apetite e de peso e até mesmo a morte.
Quando a exposição é crônica, ou seja, a dose é recebida pouco a pouco, durante anos, os efeitos são tardios (anos ou décadas), como por exemplo, câncer, úlcera, catarata, esterilidade, envelhecimento precoce, leucemia.
A gravidade dos efeitos somáticos depende da dose total de radiação recebida, do intervalo de tempo em que ela foi recebida, e da região do corpo que foi atingida.

2) Efeitos Hereditários (DNA): também conhecidos com efeitos genéticos, são originados somente no descendente da pessoa irradiada. São resultantes dos danos que as radiações provocam nas células dos órgãos reprodutores.

Efeitos da radiação de acordo com a absorção corporal:

1) Absorção de 0 a 25 rem – nada se observa
2) Absorção de 25 a 50 rem – redução dos glóbulos brancos
3) Absorção de 100 a 200 rem – náuseas – intensa redução dos glóbulos brancos
4) Absorção de 500 rem – 50% de probabilidade de morte em 30 dias


O corpo humano é insensível à radiação ionizante, o que significa que sua ação maléfica não é percebida e nem vista, fato que deixa mais vulnerável o corpo humano.
As radiações nucleares possuem uma quantidade de energia suficiente para provocar a ionização, enquanto as radiações mais comuns como o calor e a luz visível não possuem essa capacidade.

Nas células, a ionização pode provocar alterações moleculares, e formação de um tipo de espécies químicas que causam danos para a célula. O ser humano é o alvo mais susceptível à radiação nuclear, e os efeitos da radiação no corpo humano resultam dos danos de cada célula em particular.

Os danos que a radiação pode provocar no homem são:

- danos à divisão celular*
- impedimento da divisão celular
- modificações na estrutura genética das células reprodutoras
- destruição total da célula


Se o corpo humano receber de uma vez de cerca de 700 rads***, ocorrerá um efeito fatal. A exposição a doses de 50 rads não provoca nos seres humanos sinais imediatos de doenças, o que não afasta essa possibilidade em médio e longo prazo.



*Entenda-se divisão celular como mitose e meiose.

**rem: é uma unidade usada para calcular o efeito que a absorção de certa quantidade de energia provocou em determinado organismo. O rem está relacionado com a quantidade necessária de radiação para causar uma quantidade particular de efeitos danosos ao organismo. Um rem é equivalente a 0,01 joule por quilograma.


***rad: é uma unidade definida como a quantidade de energia absorvida pelos tecidos e ossos por unidade de massa. Um rad é equivalente a 0,01 joule por quilograma.

Fonte: http://diario-saude.blogspot.com/

A doença da desinformação

Há uma doença que quase ninguém fala: é a da desinformação. E isso é sério. O que tenho visto de gente que se alimenta mal, mesmo tendo razoável nível de conhecimento e cultura, é absurdo. Esse é só um aspecto. O outro que também me deixa alerta é a velocidade com que se come. Ninguém parece saber mastigar bem e consegue almoçar ou jantar em dois ou três minutos. Literalmente, os alimentos (muitas vezes de má qualidade) são empurrados goela abaixo.

Longe de ser algo que atinge apenas as classes sociais mais baixas, a desinformação sobre prevenção e bons hábitos é chocante. Pacientes ainda me perguntam se carne de porco faz mal à infecção, se podem tomar caldo de cana ou se pode misturar caranguejo com antibiótico. Amigos e amigas, precisamos ler mais e se interessar por coisas que dizem respeito a nossas vidas. Quando não se sabe nada sobre o corpo em que “se mora”, como cuidar dele e viver mais e melhor?

O aprendizado sobre nosso corpo, nossa mente e nossas emoções deveriam ser matérias obrigatórias de curriculum escolar, assim como lidar com finanças e, pelo menos, ter noções básicas de civilidade. Não dá para viver em um mundo altamente tecnológico sem saber que manga com leite não mata, vitaminas não engordam e que gonorréia não dá câncer de próstata. O acesso à informação hoje é fácil. A preguiça em se inteirar dos assuntos – gerando a desinformação – é que é a doença miserável que exclui a evolução. Informação de qualidade é saúde!

Fonte: Médico Carlos Bayma, disponivel em http://www.bancodesaude.com.br/user/4474/blog/doenca-desinformacao.

domingo, 8 de maio de 2011

Osteoporose tem novo tratamento

Ben-Hur Albergaria, médico ginecologista e presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Uma doença incurável e silenciosa, que não tem sintomas, compromete a qualidade de vida dos pacientes e causa cerca de 200 mil mortes todos os anos no Brasil. Assustador, esse é o perfil da osteoporose, um problema que afeta principalmente mulheres a partir da menopausa e virou caso de saúde pública no país pela incidência cada vez maior e a gravidade dos atendimentos.

Apresentado em março deste ano em um congresso internacional na Espanha, um estudo envolvendo pesquisadores de vários países – inclusive o Brasil –, deu novo fôlego ao tratamento da doença ao confirmar que, diferentemente dos medicamentos mais usados atualmente, uma substância, o ranelato de estrôncio, é capaz de combater o enfraquecimento dos ossos e fortalecer a massa óssea restante, diminuindo consideravelmente os riscos de fraturas.

Em entrevista à Gazeta do Povo , o médico ginecologista e presidente da Comissão Nacional de Osteoporose da Federação Bra­­sileira das Asso­ciações de Gine­cologia e Obstetrícia (Febrasgo), Ben-Hur Albergaria, fala sobre os benefícios dessa novidade.

Por que a osteoporose preocupa tanto?

Ela é uma doença silenciosa e não rende sintomas até que o osso fique tão fraco a ponto de a pessoa ter fraturas graves. Os números da doença são impressionantes. Cerca de 10 milhões de brasileiros têm osteoporose, mas não sabem e só descobrem quando vão ao hospital com alguma fratura e, a partir do raio X, descobrem que o problema está em estágio avançado. Isso é terrível porque, geralmente, as lesões atingem ossos em locais de difícil recuperação e que comprometem muito a qualidade de vida, como vértebras, quadril e fêmur. Só no Brasil, são 200 mil mortes todos os anos causadas por complicações derivadas da osteoporose e isso se reflete na quantidade e gravidade dos casos atendidos em hospitais por todo o país. De cada quatro pessoas com fratura no fêmur, uma morre em menos de um ano em decorrência de complicações do problema. Por isso, não é exagero dizer que a osteoporose virou uma preocupação de saúde pública.

Como são os tratamentos atuais de osteoporose?

Temos basicamente duas linhas de frente no tratamento. A primeira é apostar na regularização da ingestão de cálcio e vitamina D, dois componentes essenciais para fortalecer os ossos, além de incentivar a prática de atividade física e pedir que os pacientes evitem o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. A outra parte diz respeito aos remédios, que se dividem em dois grupos. O primeiro, dos antirreabsortivos, é formado por drogas que inibem o enfraquecimento dos ossos, mas não formam novas estruturas. A pessoa freia a evolução do problema, mas não consegue ter de volta o que já havia perdido. O outro grupo é dos medicamentos que fazem o contrário: formam massa óssea, mas não contêm o processo de reabsorção.

No que consiste essa nova técnica?

Ela se baseia no uso de ranelato de estrôncio, uma substância capaz de fazer simultaneamente, com um só remédio, esses dois processos [formação de massa óssea nova e reabsorção dos ossos antigos]. Seu uso é aprovado pela Anvisa [Agên­­cia Nacional de Vigilância Sani­tá­­ria] e já era receitado no Brasil há alguns anos, mas os médicos não sabiam exatamente o grau de eficiência alcançado pela medicação.

Por que essa descoberta é tão revolucionária?

Porque, pela primeira vez, conseguimos comparar os efeitos do ranelato de estrôncio com os de outra substância usada no tratamento, o alendronato de sódio, que tem efeito de redução na reabsorção, e ver como ele age de maneira muito mais eficiente. Além de formar novos ossos e conter o enfraquecimento dos antigos, outra vantagem é a facilidade do uso da substância. Hoje, o ranelato de estrôncio é vendido em pó, em sachês individuais que a pessoa dissolve em um copo de água e toma à noite antes de dormir. Também sabemos que ele não traz complicações a longo prazo, já que estudos na Europa mostram que pessoas que usam a substância há pelo menos dez anos continuam tendo menos fraturas sem efeitos colaterais preocupantes.

O ranelato de estrôncio é indicado para todos os tipos de pacientes? Ele pode ser usado no tratamento de outras doenças, como artrite ou reumatismo?

A princípio, o estudo se concentrou no tratamento de mulheres que tiveram osteoporose a partir da menopausa. É óbvio que não existe um medicamento ideal para todos e cada pessoa precisa verificar com seu médico qual o melhor caminho para o seu tratamento. Mas sem dúvidas o ranelato de estrôncio, por enquanto, é o que mais se aproxima do ideal. Agora, temos novos focos de pesquisa despontando. Um deles tenta mostrar a efetividade desta substância em homens com osteoporose. Outro tenta descobrir se ela poderia ser usada contra osteoartrose, artrite ou reumatismo ou mesmo contra o desgaste natural das nossas articulações causado pelo envelhecimento. Não há nada comprovado, mas uma gama grande de estudos deve vir por aí a partir desta primeira descoberta.


Fonte: www.gazetadopovo.com.br

domingo, 1 de maio de 2011

ANO DA QUÍMICA

A ONU definiu que 2011 é o Ano Internacional da Química. Haverá atividades em mais de 60 países para refletir sobre suas descobertas, conquistas e inovações.

Na programação brasileira (www.quimica2011.org.br), constam exposições, atividades educativas, concursos, palestras, homenagens à cientista Marie Curie e o lançamento de um site educacional, dentre outras.

O site http://quid.sbq.org.br, com diversas secções interessantes, tem como sub-título “Química para ler e sonhar”. Já que é dedicado ao público escolar é muito didático que queira despertar sonhos e novas vocações para a ciência da Química. Mas acho que se deve dizer também que a Química é para transformar a vida. Para o bem e para o mal.

Uma das maiores descobertas recentes na área dos novos materiais é o grafeno. Seus descobridores foram agraciados com o Prêmio Nobel de Química em 2010. É considerado como o material que substituirá o silício nos chips de computadores e eletrônicos em geral, abrindo novos e promissores horizontes.

Acabo de saber que pesquisadores do ITME (Instituto de Tecnologia de Materiais Eletrônicos), na Polônia, descobriram um método de produção do grafeno em escala industrial. Pode ser que tal descoberta antecipe o uso do grafeno nos equipamentos de uso cotidiano, mudando ainda mais as nossas vidas.

Isso é Química.

Um terço dos brasileiros não recebe tratamento

Severa, moderada ou leve, doença que estreita válvula aórtica atinge 5% da população global, sendo 630 mil brasileiros. Estenose aórtica está entre os principais problemas cardiovasculares que atingem pessoas na terceira idade.

Para especialistas, cirurgia minimamente invasiva é a melhor opção de tratamento para estenose aórtica.

O que infarto, insuficiência cardíaca e arritmia têm em comum? Acertou quem respondeu que essas três doenças podem ser fatais e estão entre as mais conhecidas quando o assunto são problemas de coração. Porém, hoje essas doenças têm outra "concorrente": a estenose aórtica. O problema, que preocupa cardiologistas em todo o mundo, ocorre devido ao estreitamento da válvula aórtica que reduz significativamente o sangue arterial bombeado para o corpo e sobrecarrega o coração.

A doença, que pode ser congênita, reumática (infecção subtratada) ou degenerativa, será tema de simpósio durante o GI2 - Global Summit on Innovations in Interventions (Encontro Global de Inovações em Intervenções Cirúrgicas Cardiovasculares), evento que ocorreu entre os dias 13 e 15 de abril, no Sheraton WTC (World Trade Center), em São Paulo (SP).

A estenose aórtica, quando é degenerativa, incide em idosos a partir de 65 anos que pela idade e estado de saúde, não têm condições de suportar uma cirurgia convencional e, pela necessidade de abrir o peito, a torna muito mais agressiva. A partir daí, a alternativa é a utilização de técnicas por abordagem percutânea (por meio de cateter), que consiste na passagem de um fio guia através da artéria femoral (transfemoral) ou pela ponta inferior (ápice) do coração (transapical), e por ele, a introdução de uma válvula que será insuflada por meio de um cateter balão no interior da área afetada. O procedimento evita a reação inflamatória de graus variados causada pela circulação extracorpÍ rea.

No Brasil, estima-se que 630 mil pessoas sofrem da doença e um terço - 210 mil pacientes - não foram encaminhados para a cirurgia de troca da válvula. Subtratados à base de medicamentos, 40% desses pacientes - 84 mil, apresentam outros problemas como doenças graves de fígado, rim e pulmão que podem levá-los à morte em até 1 ano